agosto 20, 2009

tudo é escuro e feio, o clima é frio, o ar é irrespiravel, o vento sopra constantemente e com muita força. as paredes pareçem ser forradas com cadaveres e esse terrivel papel de parede parece observar seus movimentos, o chão é pegajoso, um liquido denso vermelho e sujo cobre o chão. o teto é muito escuro, impossivel ver a que altura ele esta pois a escuridão toma conta de tudo, seu campo de visão é prejudicado pelo nevoeiro que toma conta do lugar, a cada vez que inspira o ar, seus pulmões se enchem de veneno, o tempo para pensar acabará logo, e é preciso sair desse lugar deploravel, mas os incontaveis buracos no chão, paredes falsas, escadas vivas e curvas erradas, se transformam em armadilhas nesse labirinto que já foi equilibrado.
O outrora bonito lugar, transformou-se no fétido e corruptivel labirinto agonizante que tortura seu prisioneiro dia após dia. O culpado disso é o próprio prisioneiro, pois ele construiu um lugar tranquilo onde poderia passar o resto de sua existencia aprendendo, lendo infinitos livros em um ambiente calmo, enquanto a chuva batia na janéla, ou caminhando pelo campo com o vento bagunçando seus cabelos em uma tarde de inverno, ou conversando com a lua cheia em uma noite estrelada. porem ele construiu também um pequeno amontoado de maldade, sem forma, pois não gostou de trabalhar nela, apenas a colocou numa caixa e guardou; ela foi se moldando sozinha e lentamente começou a destruir o lugar bonito.
As tardes estudando e ouvindo a chuva acabaram, os passeios no vento também, a lua ele não ve a alguns meses, ouve a sua vóz longe, chamando-o para uma conversa, mas não responde. pois está preso no seu labirinto ridiculo. lutando contra ele mesmo. pois o labirinto é tudo que ele é, e essa descoberta o deixou desesperado.
O que é a verdade, o seu mundo perfeito construido, ou os seus instintos suprimidos que apareceram?

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