agosto 09, 2009

A morte é uma boa companheira.
Não é leal a ninguem, merece respeito, não medo, ela anda proxima de todos e as vezes faz convites irresistiveis outras vezes faz com que não a queiramos por perto.
e foi por um desses convites que eu escrevi este texto.
Nunca nunca fui um bom guerreiro, na verdade nunca fui um bom mago, nunca dei meu maximo pra nada. Sempre tentei ajudar os meus companheiros, tentava parecer forte, aos olhos deles eu parecia confiante, despreocupado, sempre aparecia como apoio, pois nunca demonstrava fraqueza, nos piores momentos conseguia manter o sangue frio, e as vezes até o olhar indiferente.
Orgulhava-me de ser totalmente racional, não ser guiado por emoções, achava isso uma boa forma de encarar a vida, mas se a vida é má com as pessoas emocionais, as pessoas são más com os racionais.
Não entendo porque eu estou mudando agora.
Eu já sabia, apesar de suprimir com todas as forças, que eu sou fraco e medroso, só uma coisa em mim supera isso, minha lealdade; os que tem minha lealdade tem minha vida.
parte dos problemas que tenho agora tem a ver com minha lealdade e meu medo.
Um aventureiro esta com sérias dificuldades em sua missão pessoal, deparou-se com uma quimera, eu devo ajuda-lo, quero ajuda-lo porem estou no meio de um duelo.
Luto com um oponente que sabe meus movimentos, que sabe me atacar, ataca mesmo sabendo que eu sei onde vai atacar ele sabe a hora que eu abro a guarda, para um ataque maior, assim como eu sei já como são seus movimentos, como dança enquanto corta de um lado para o outro ou estoca, finta ou desvia um ataque meu, ele me conheçe intimamente e eu o conheço intimamente, ele é meu doppelganger.
O nosso duelo se passa em uma zona de caos total, tudo é aleatório talvez um plano astral; o problema é que eu não sei como vencer esse duelo, não posso acabar com ele simplesmente, não posso matar parte de mim, eu gosto dele e tudo que se passa comigo também é sentido por ele, por isso as lagrimas rolam em nossas faces.
A minha ligação com meu irmão aventureiro é muito forte, eu sei que ele precisa de ajuda, ja perdi outros, por não ter reconheçido que precisavam de ajuda, o meu futuro mudou depois disso, a minha prioridade agora é ele, preciso ir até ele e ajuda-lo a vencer, o problema é que não estou seguro de que posso ajudar totalmente, porque meu duelo está constantemente em mim.
Em uma taverna a alguns dias eu ouvi de uma conselheira, coisas que eu já sabia. a insegurança é muito grande em mim.
entretanto, em um trono não longe daqui existe uma garota, ela tem grande beleza, rivaliza até mesmo com as belas elfas e as ninfas da floresta, como era de se esperar ela tem alguns pretendentes e eles lutam, cavalgam, caçam e encantam mais do que um simples insano que trava longas batalhas subconsientes contra si mesmo.
só quero aprender com essa batalha, quero saber quem sou, o que valorizo, se tenho sentimentos ou se só quero crescer e ser aceito pelos outros.
Me sinto despresivel agora, mas vou socorrer meu irmão, pois é a coisa que meis importa para mim no momento.

O Doppelganger

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