setembro 17, 2009

setembro. chuva.

Repentinamente chove, as primeiras gotas que caem nele trazem de volta a vida que abandonava seu corpo, seus ferimentos se fecham aos poucos, boas lembranças voltam a sua mente doente, e ele vê mais uma vez que sózinho sobreviveu a outra guerra. sempre sózinho.
Seus amigos sofreram tambem, muitos cairam, alguns levantaram após. outros ainda continuam tontos, mas nenhum percebeu quem os puxava ou levantava logo após os golpes, mas a queda acontece com todos, alguns caem seguidas veses, outros raramente, mas ele só cai quando ninguem pode ver, a queda dessa vez foi grande, o seu sangue estava quase todo em uma poça em volta do seu corpo caido, seus olhos não se fecharam, lagrimas não escorreram, apenas ficou caido, sentindo a totalidade da dor, e pensando nos companheiros que ele levantou e protegeu durante a batalha. esses companheiros formaram a corrente que prendeu sua alma no corpo, até a chuva vir, e as suas gotas se transformarem no seu novo sangue, e seu novo ar encher seus pulmões, e ela realizar a cura mágica que só os amantes dá agua conheçem.
Agora ele está de pé, caminha pela floresta molhada, procurando seus companheiros, eles não vão saber de nada disso, quando o virem ele vai sorrir, e eles vão perguntar onde ele estava, ele vai dizer.
- Eu me perdi, desculpem-me.

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