abril 20, 2009

estrada
na estrada eu estou livre, na estrada eu vivo, cada metro, cada curva, vivo tudo de uma vez a velocidade, as arvores passando cada vez mais rapido, posso morrer a qualquer minuto, mas e dai, todos podem morrer, um homem morre engasgado em casa, enquanto um morre despencando de uma rocha no meio de uma escalada, pergunte qual vida eu prefiro.
só não quero parar, pessoas paradas ficam feias, gordas e mal humoradas, todos que podem devem sair, fazer alguma coisa, eu sou minha moto, depois que subo nela, não posso descer até que tenhamos dado nosso maximo, não sei onde vou parar, só sei que não volto, nunca, sigo em frente, paradas eventuais são bem vindas, mas nunca volto, a estrada não termina, certamente morrerei antes de passar por 2/3 dela, mas esse 1/3 será muito aproveitado.
certa vez, enquanto andava pela estrada, os ponteiros indicavam 220 km/h, eu sabia que a morte era certa a qualquer erro, desde uma distração, um buraco, umanimal na pista, uma curva mal feita, mas eu não ligo, desdeque eu esteja vivendo, não me importo em morrer, morro feliz se estiver vivendo no meu maximo, vida é um espaco curto de tempo, onde podemos realizar coisas materiais que não podemos quando em estado espiritual, mas cada coisa deve ser feita na sua vez, material e espiritual, cada um em seu tempo.
meus feitos materiais são todos vltados a mim, meu bem e meu lucro, pode parecer egoismo, realmente é, mas não posso fazer nada diferente, adoraria ajudar os humanitarios a construir o planeta melhor, mas eles não sabem como fazer isso, quando souberem eu ajudo, mas até lá eu corro, eu voo eu pulo, eu mergulho, eu nado eu não durmo e eu viajo, eu medito nas montanhas, eu acampo nos bosques, eu e banho nas cascatas e eu ando nas estradas.
eu acordo, meus dias são sempre assim, imaginando como seria se eu tivesse uma moto, se eu corresse, se eu me movimentasse, mas eu não faço isso, fico parado esperando a morte chegar, sou tetraplégico e não quero morrer engasgado.

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