março 28, 2010
" uma vez, entre as muitas que ele parou a sua diaria brincadeira para pensar e ficar conversando sozinho, ele pensou, posso ter o que eu quiser, posso ser grande e ainda maior, posso ser melhor que os melhores que eu conheço, por varias vezes depois esse pensamento lhe ocorreu, e ficou guardado na sua memoria como um desejo antigo. depois de anos esse desejo ressurgiu como se estivesse guardado em uma bolha que estourou, mas o menino não existia mais, suas vontades e desejos morreram,e ele se viu como aquilo que sempre detestou, um peso no mundo, parado sem um futuro aparente, sem saber se faz o que gosta, sem saber se gosta de alguma coisa, só passando um dia a mais e virando cada vez mais garrafas. e ele acha que nem para um bebado ele serve, pois nem bebado se faz notavel, sempre triste e sempre nas sombras. drogas já não tem mais graça, a solidão é a unica companhia que ele tem e enquanto vista como companhia se personifica, toma a forma de um amigo a muito não visto que sabe ouvir todos os lamentos do menino morto. Sorrizos não são raros no seu rosto, mas não são mais tão bons como no passado, lagrimas ele não experimenta a muito tempo, pois emoções fortes que poderiam causá-las ele não sente mais. da vida racional que o menino tentou construir ficou só a estrutura pronta, pois o resto não é facil de construir. hoje, anos mais tarde, um homen racional que tentou entender o caos, experimentou muito dele e que precisa de felicidade artificial para fugir do mundo inimigo em que vive, está parado na frente de uma construção observando se seria capaz de integrar o caos na construção de um casa/vida surrealista, sem derrubá-la e sem machucar ninguem.
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